RIO ARAGUAIA E SUAS BELEZAS

Sugestão de roteiro de pesca no Araguaia. Local, hospedagem e piloteiros.  Maiores informações e sugestões é só entrar em contato e solicitar.

            Para pescar um piraíba (filhote), além do local apropriado, são necessárias tralha pesada e muita paciência.  É um peixe da bacia do Prata ainda comum em Goiás e Mato-Grosso.O nome do peixe é piraíba mesmo, no entanto, existe um questionamento popular quanto aos nomes e tamanhos. Há quem diga que se divide em 3 outros nomes que variam conforme o tamanho do exemplar: filhote (até 1,20mts), piratinga(até 1,90mts) e piraíba.  Na verdade isso tudo é bobagem, e, para por um ponto final na história, tenho o respaldode vários pescadores renomados! Até 60kg é filhote, passou disso é Piraíba! O próprio Lester me confirmou isso na ExpoPesca 2008 em Brasília.

            O nome Piratinga é apenas a forma como os índios chamam a espécie. 60kg dá aproximadamente 1,65mts. O peixe é bastante conhecido como filhote, mas como o próprio nome diz, “filhote” nada mais é que um filhote de piraíba!  

Como as galhadas abrigam grande quantidade de pequenos peixes, é o lugar perfeito para os predadores.  No entanto,por ser um peixe que gosta de “correr”, é encontrado geralmente no leito dos rios,  preferencialmente perto de corredeiras. Além disso, é muito mais fácil encontrar uma pirarara próxima às galhadas. Em Luiz Alves, o pessoal quando está na dúvida diz: “se for pra margem é Pirarara, se for pro leito é Piraíba! Assim, muitos metros de linha são fundamentais!  No mínimo 200 mts de linha 0,60 ou mais grossa.  Anzol /9, no mínimo e vara para mais de 80 kg.  Em poucos segundos um piraíba leva uns 100 mts de linha com facilidade.

O exemplar capturado na foto que está na capa da revista pescador no.6 foi capturado na galhada.

Há casos raros de pirararas que correm para o leito dos rios.  Nesses casos são exemplares gigantes que não conseguem se refugiar nas galhadas submersas devido seu tamanho!

            Já vi gente tentar pescar com molinete, mas é muito mais complicado que carretilha.  Como isca, vale qualquer outro peixe.  Até candiru serve!    Costuma-se pescar Piraíbas à noite quando as piranhas dão sossego.  O sistema de pesca é o da espera. É só soltar Anzol na’água e esperar o bichão montar!

  

Luiz Alves

            Luiz Alves, município de São Miguel, situa-se às margens do Araguaia a pouco menos de 500 km norte de Goiânia e oeste de Brasília.  O trajeto é fácil.  Saindo de Goiânia passando por Inhumas, Itaberaí, Faina, Araguapaz, Mozarlândia, Nova Crixás, Novo Mundo e São Miguel.  De lá são 40km de terra até Luiz Alves.  Se sair de Brasília deve ir por Padre Bernardo, Barro Alto, Uruaçu, Santa Tereza de Goiás, Porangatu, Novo Planalto e São Miguel. 

             Chegando lá, são várias as opções de hospedagem em pesqueiros, hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos.  Variam do rústico ao sofisticado.  A alimentação restringe-se aos hotéis e já está inclusa na diária juntamente com canoa, motor, piloteiro e iscas.  Caro mesmo é a gasolina.  São só 2 postos e do mesmo dono.

            Cada hotel contrata seus piloteiros, mas o pescador pode ligar antes e combinar. Minha sugestão são:  Negão, da matéria, Samuel e Maurão, 3 ótimos guias para uma boa pesca.

           

Araguaia

O Araguaia é lindíssimo!  É o lar de uma gigantesca variedade de peixes e comumente podem ser vistos animais atravessando o rio. Pássaros e macacos são rotina!  A água, no entanto é turva e a correnteza bastante forte.  Deve-se tomar alguns cuidados, no entanto, quando for pescar. 

Roupas leves e chapéu são imprescindíveis! Sempre uso camisa comprida branca.  O calor em Luiz Alves não é mole, beira os 40ºC!  O Protetor solar, então, é um companheiro indispensável. 

Há 2 estações bem definidas: das chuvas e da seca.  Na primeira, que vai de novembro a abril, o rio enche e os pernilongos são quase insuportáveis!  Vale tudo: repelente, espiral, óleo de cozinha, etc...  O resto do ano é de seca e tudo fica mais tranqüilo.  O único problema para a pesca são os acampamentos de julho que lotam a cidade e as praias que se formam ao longo do rio.